quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Quest de um dia aí no bar do Zé.

Acordei. Não conseguia abrir os olhos por causa da luz (ou das remelas, sei lá) e então tateei o monitor do computador. Liguei ele e fui abrindo os olhos aos poucos pra ver que porra de dia era aquele. Era sábado, ou seja, dia de bar, rolê, ficar bêbado e só se lembrar 2 anos depois quando sair do coma. Fiquei morgando no PC por algumas horas e então resolvi respirar um pouco de ar puro e... Pera. São Paulo? Ar puro? Piada do dia.


Fui pra rua. Aí fiquei sabendo (já sabia antes, mas que se foda) que o bar do Zé iria ter festa do pijama. Já semi-bauduquei imaginando as cocotas de camisolinha e baby doll e tudo mais. Então fui pra casa tomar banho e me trocar porque já estava anoitecendo.



Chamamos o Kawan pra ir pro bar do Zé há uns dias, e ele disse que ia. Na hora de ir, ele disse que tinha que ir na Led Slay (renomada casa de shows da Zona Leste de SP) com a banda dele resolver que dia que eles iam tocar lá (coisa que um cara consegue resolver sozinho), então mandamos ele ir se foder e fomos pro barzinho. Nossa party havia sido prejudicada, mas ainda estávamos no espírito. (9:00PM)

Chegando lá, a decepção. O bar estava vazio. Vazio que eu digo é quando abaixo de 50 pessoas estão no bar no momento, mas tinha projeção de encher porque uma banda underground ia tocar lá e tal (quem conhece a VOICED? Pois é, eu não). (10:00PM)

Cocotas de camisolinha e baby doll? Quase nenhuma, e as que estavam mesmo eram mais feias que bater na mãe com chicotinho de sadô (meus amigos vão saber na hora de quem que eu tô falando). Então fiz o que realmente fui fazer lá, gravar e fotografar o show dos amigos, afinal de contas mulher a gente acha em qualquer esquina. Amigo não. Essa era a quest do dia e ia ser completada custe o que custar. (11:00PM)

Como era festa do pijama, fiquei de camiseta, samba-canção (sexy demais pra você) e tênis. E então uma banda abriu os shows. Como a música era terrível (o vocal não acertava o tom nem por um decreto, a guitarrista tinha dó das cordas da guitarra e das próprias unhas, o baixista... Tinha baixista? E a baterista era a única que sabia o que tava fazendo lá em cima), resolvi sair um pouco pra tomar um ar. Corri no meio da avenida de samba-canção, levei mãozada na bola esquerda do saco (quase chorei de dor) e achei 20 reais no chão (vale-cachaça). (12:00AM)

Então o som deplorável da outra banda acabou e era a vez dos meus amigos tocarem. Completei a minha quest com sucesso como vocês podem ver na (só vou postar essa porque tô com preguiça) foto abaixo:



Então era hora de fazer o que todo mundo faz em um bar: porra nenhuma.

“Não é BEBER não?”

Sim, mas “bar do Zé” e “beber” não combinam mais desde que a LATINHA de Brahma passou a custar R$ 3.00. (1:00AM)

Joguei um pouco de sinuca esperando o show da Voiced, queria ver se o som deles era bom. E antes de começar o show da banda, conversei com o meu amigo Bruno:

“Cara, tá com dinheiro aí, né?”

“Tô sim, porquê?”

“Dá uma olhada.”

*Bruno conta o dinheiro*

“Não tá faltando nada aí?”

“Não. Porquê?”

“Achei vinte pila ali no chão. Venci em cristo agora.”

E então, depois de outro show de outra banda e a gente ficar lá morgando (Eu, Bruno e Fernando, o resto da party se dispersou) o show da Voiced começou. (2:30AM)

Bom show, apesar do microfone do vocal ter falhado inúmeras vezes. Então quando já estava acabando, eu, Fernando e Bruno pensamos:

Carro + Fome + Sede + Vontade de zoar = Rolê.

E saímos do role pra ir pra outro rolê, fomos pra um hipermercado 24 horas: Extra-Penha. (3:00AM)

Ao pegarmos a avenida, vimos um motoqueiro lokão vida loka cheio das anfetamina e com uma mina na garupa pegando a contramão. O loko foi logo levando a cachorra pro motel pra sentar a rolada, e a gente rachando o bico.

Chegando no Extra, fomos atrás do que comprar pra comer e beber. Fomos na sessão de bebidas alcoólicas (o motorista Fernando não participou da alcoolização, o que possibilitou eu estar vivo pra contar a história) e foi aí então que eu e Bruno vimos: Heinekens.



*som de orgasmo*

Heinekens de garrafa por 2 reais cada (ok, era a garrafa pequena, mas eram HEINEKEN! A cerveja suprema!), então pegamos duas que estavam quentes e colocamos atrás dos requeijões no freezer pra elas gelarem e fomos dar uma volta.

“Porque só duas? Não era bebedeira?”

Porque o Bruno ia trampar mais tarde e eu não tava a fim de ficar de porre sozinho.
Fiquei de porre no outro sábado pra compensar, mas isso é outra história.

Demos voltas no mercado pegando uns acepipes e vendo umas gostosas (tinha mais xeros@ no Extra as 4 da madrugada do que no bar do Zé. PUTA QUE PARIU), pegamos as Heinekens e fomos pro estacionamento fazer um piquenique marotão ao som do melhor do rock como vocês podem ver na foto abaixo.



Então fomos embora porque o Bruno tinha que trampar e zás. Paramos o carro as 4 ou 5 da manhã em frente a casa do Bruno, nem lembro que horas que era (apesar de não estar bêbado pois havia bebido apenas 3 cervejas (2 no Zé e uma no Extra) e uns goles de vinho) e esperamos ele entrar e se trocar que o Fernando ia levar ele no trampo (o Fernando não queria voltar pra casa antes de amanhecer (na verdade ele não podia) e eu não tava nem aí com nada). Aí do nada toca o alarme da oficina do lado da casa dele. O Fernando estacionou o carro um pouco mais longe, mas a gente não viu nenhum ladrão corinthiano fazendo o seu Parkour habitual com peças de carros.

Esqueci de dizer que Nicolas has joined the party.

Nicolas havia levado simplesmente a garota mais gata do bar do Zé (na minha opinião) pra casa dela (mas voltou pra casa sozinho). Loira dos olhos claros. Pena que da fruta que eu e o resto dos heterossexuais masculinos gostamos, ela chupa até o caroço. Admito ter uma quedinha por ela, mas chance que é bom nada.

Então volta o Bruno pronto pra ir pro trampo e a gente vai de carro levar ele até o metrô.

No caminho um caminhão colou na traseira (ui) do Fernando e começou a soltar farol alto e queria passar o Fernando a todo custo e o Fernando não deixava e a gente temendo uma capotagem e o Fernando calmo na pista e o cara do caminhão largando farol alto a 200 por hora e a gente gritando e tudo ficando escuro e ele na subida ganhando do carro do Fernando e... Misteriosamente ele some. Aceitamos a teoria de que na verdade era fruto de um acidente e que teríamos que ganhar dele em uma corrida pra que o espírito do caminhoneiro descansasse em paz.

“Fernando, vai por tal caminho que é melhor” Disse eu.

“Ok.” Disse Fernando.

“Puta que pariu, é dia de feira hoje. A rua tá fechada.” Disse eu, ao ver a rua fechada por barracas de feira.

“FFFFFFFFFFFFUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU” Disse Fernando.

E então entramos em uma rua depois pra poder chegar na estação Guilhermina, só que a gente queria voltar praquela rua lá e pegamos um “atalho”. Bom, só sei que de tanto virar em rua a gente foi parar quase na Vila Matilde (próxima estação no sentido centro) e mais um pouco a gente ENTRAVA na linha do trem.

Mas desovamos o Bruno lá e voltamos com a graça do senhor pra casa e ficamos lá morgando dentro do carro do Fernando até amanhecer de verdade e todo mundo ir pra casa.

Ah sim, som da Voiced: http://www.youtube.com/watch?v=Uy43LJhd0Y8