Fui pra rua. Aí fiquei sabendo (já sabia antes, mas que se foda) que o bar do Zé iria ter festa do pijama. Já semi-bauduquei imaginando as cocotas de camisolinha e baby doll e tudo mais. Então fui pra casa tomar banho e me trocar porque já estava anoitecendo.

Chamamos o Kawan pra ir pro bar do Zé há uns dias, e ele disse que ia. Na hora de ir, ele disse que tinha que ir na Led Slay (renomada casa de shows da Zona Leste de SP) com a banda dele resolver que dia que eles iam tocar lá (coisa que um cara consegue resolver sozinho), então mandamos ele ir se foder e fomos pro barzinho. Nossa party havia sido prejudicada, mas ainda estávamos no espírito. (9:00PM)
Chegando lá, a decepção. O bar estava vazio. Vazio que eu digo é quando abaixo de 50 pessoas estão no bar no momento, mas tinha projeção de encher porque uma banda underground ia tocar lá e tal (quem conhece a VOICED? Pois é, eu não). (10:00PM)
Cocotas de camisolinha e baby doll? Quase nenhuma, e as que estavam mesmo eram mais feias que bater na mãe com chicotinho de sadô (meus amigos vão saber na hora de quem que eu tô falando). Então fiz o que realmente fui fazer lá, gravar e fotografar o show dos amigos, afinal de contas mulher a gente acha em qualquer esquina. Amigo não. Essa era a quest do dia e ia ser completada custe o que custar. (11:00PM)
Como era festa do pijama, fiquei de camiseta, samba-canção (sexy demais pra você) e tênis. E então uma banda abriu os shows. Como a música era terrível (o vocal não acertava o tom nem por um decreto, a guitarrista tinha dó das cordas da guitarra e das próprias unhas, o baixista... Tinha baixista? E a baterista era a única que sabia o que tava fazendo lá em cima), resolvi sair um pouco pra tomar um ar. Corri no meio da avenida de samba-canção, levei mãozada na bola esquerda do saco (quase chorei de dor) e achei 20 reais no chão (vale-cachaça). (12:00AM)
Então o som deplorável da outra banda acabou e era a vez dos meus amigos tocarem. Completei a minha quest com sucesso como vocês podem ver na (só vou postar essa porque tô com preguiça) foto abaixo:
Então era hora de fazer o que todo mundo faz em um bar: porra nenhuma.
“Não é BEBER não?”
Sim, mas “bar do Zé” e “beber” não combinam mais desde que a LATINHA de Brahma passou a custar R$ 3.00. (1:00AM)
Joguei um pouco de sinuca esperando o show da Voiced, queria ver se o som deles era bom. E antes de começar o show da banda, conversei com o meu amigo Bruno:
“Cara, tá com dinheiro aí, né?”
“Tô sim, porquê?”
“Dá uma olhada.”
*Bruno conta o dinheiro*
“Não tá faltando nada aí?”
“Não. Porquê?”
“Achei vinte pila ali no chão. Venci em cristo agora.”
E então, depois de outro show de outra banda e a gente ficar lá morgando (Eu, Bruno e Fernando, o resto da party se dispersou) o show da Voiced começou. (2:30AM)
Bom show, apesar do microfone do vocal ter falhado inúmeras vezes. Então quando já estava acabando, eu, Fernando e Bruno pensamos:
Carro + Fome + Sede + Vontade de zoar = Rolê.
E saímos do role pra ir pra outro rolê, fomos pra um hipermercado 24 horas: Extra-Penha. (3:00AM)
Ao pegarmos a avenida, vimos um motoqueiro lokão vida loka cheio das anfetamina e com uma mina na garupa pegando a contramão. O loko foi logo levando a cachorra pro motel pra sentar a rolada, e a gente rachando o bico.
Chegando no Extra, fomos atrás do que comprar pra comer e beber. Fomos na sessão de bebidas alcoólicas (o motorista Fernando não participou da alcoolização, o que possibilitou eu estar vivo pra contar a história) e foi aí então que eu e Bruno vimos: Heinekens.

*som de orgasmo*
Heinekens de garrafa por 2 reais cada (ok, era a garrafa pequena, mas eram HEINEKEN! A cerveja suprema!), então pegamos duas que estavam quentes e colocamos atrás dos requeijões no freezer pra elas gelarem e fomos dar uma volta.
“Porque só duas? Não era bebedeira?”
Porque o Bruno ia trampar mais tarde e eu não tava a fim de ficar de porre sozinho.
Fiquei de porre no outro sábado pra compensar, mas isso é outra história.
Demos voltas no mercado pegando uns acepipes e vendo umas gostosas (tinha mais xeros@ no Extra as 4 da madrugada do que no bar do Zé. PUTA QUE PARIU), pegamos as Heinekens e fomos pro estacionamento fazer um piquenique marotão ao som do melhor do rock como vocês podem ver na foto abaixo.

Então fomos embora porque o Bruno tinha que trampar e zás. Paramos o carro as 4 ou 5 da manhã em frente a casa do Bruno, nem lembro que horas que era (apesar de não estar bêbado pois havia bebido apenas 3 cervejas (2 no Zé e uma no Extra) e uns goles de vinho) e esperamos ele entrar e se trocar que o Fernando ia levar ele no trampo (o Fernando não queria voltar pra casa antes de amanhecer (na verdade ele não podia) e eu não tava nem aí com nada). Aí do nada toca o alarme da oficina do lado da casa dele. O Fernando estacionou o carro um pouco mais longe, mas a gente não viu nenhum ladrão corinthiano fazendo o seu Parkour habitual com peças de carros.
Esqueci de dizer que Nicolas has joined the party.
Nicolas havia levado simplesmente a garota mais gata do bar do Zé (na minha opinião) pra casa dela (mas voltou pra casa sozinho). Loira dos olhos claros. Pena que da fruta que eu e o resto dos heterossexuais masculinos gostamos, ela chupa até o caroço. Admito ter uma quedinha por ela, mas chance que é bom nada.
Então volta o Bruno pronto pra ir pro trampo e a gente vai de carro levar ele até o metrô.
No caminho um caminhão colou na traseira (ui) do Fernando e começou a soltar farol alto e queria passar o Fernando a todo custo e o Fernando não deixava e a gente temendo uma capotagem e o Fernando calmo na pista e o cara do caminhão largando farol alto a 200 por hora e a gente gritando e tudo ficando escuro e ele na subida ganhando do carro do Fernando e... Misteriosamente ele some. Aceitamos a teoria de que na verdade era fruto de um acidente e que teríamos que ganhar dele em uma corrida pra que o espírito do caminhoneiro descansasse em paz.
“Fernando, vai por tal caminho que é melhor” Disse eu.
“Ok.” Disse Fernando.
“Puta que pariu, é dia de feira hoje. A rua tá fechada.” Disse eu, ao ver a rua fechada por barracas de feira.
“FFFFFFFFFFFFUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU” Disse Fernando.
E então entramos em uma rua depois pra poder chegar na estação Guilhermina, só que a gente queria voltar praquela rua lá e pegamos um “atalho”. Bom, só sei que de tanto virar em rua a gente foi parar quase na Vila Matilde (próxima estação no sentido centro) e mais um pouco a gente ENTRAVA na linha do trem.
Mas desovamos o Bruno lá e voltamos com a graça do senhor pra casa e ficamos lá morgando dentro do carro do Fernando até amanhecer de verdade e todo mundo ir pra casa.
Ah sim, som da Voiced: http://www.youtube.com/watch?v=Uy43LJhd0Y8